quinta-feira, 18 de junho de 2009

Paleoantropologia II



Apesar de o berço da humanidade ter sido África, o inicio do estudo da Paleoantropologia está intimamente ligado á Europa. Foi no Velho continente que se fizeram as primeiras descobertas, fazendo a comunidade cientifica crer que o Homem teria tido origem na Europa. A primeira delas ocorreu em 1829 (Les Engis)- Homem de Neanderthal (que abordarei mais à frente), tendo sido sucedida de várias outras. Só em 1891 a aparente hegemonia e exclusividade europeia foi quebrada, pela descoberta da calote de um Homo erectus, na ilha de Java- Indonésia, bem mais antigo do que as descobertas feitas em território europeu. Eugène Dubois estava assim a por termo a tudo o que se acreditava piamente ser a nossa origem. Abalou as fundações da evolução Humana. Mas para entendermos melhor, convém relembrar que estavamos numa altura em que, na Europa estava fortemente enraizado o racismo e ninguem podia por em causa a superioridade dos caucasianos. As outras raças ou etnias eram vistas, não como pessoas, mas como animais inferiores, e a Europa, o centro do mundo. Logo uma descoberta destas veio chocar o mundo ocidental e forçou a comunidade cientifica da época a reconsiderar a origem do Homem.


O Homem de Piltdown- A maior fraude da História da paleoantropologia


Foi apresentado á comunidade cientifica em Inglaterra no ano de 1912, por Charles Dawson ao qual deu o nome de Eoanthropus dawsoni e diziam datar de 500.000 anos. Traria de novo o berço da Humanidade para a Europa, mas este fóssil sempre suscitou muitas dúvidas em alguns dos cientistas, nunca tendo mesmo convencido alguns de maneira alguma. Haviam várias irregularidades sem explicação, partes que foram olcutadas, e o próprio fóssil nunca saiu do laboratório, tendo apenas sido estudados moldes. Dois dos cientistas a quem o achado nunca convençeu, foram Oaley e Weiner que em 1954 divulgaram os resultados das suas investigações, diante da Geological Society of London. Descobriram que o crânio e mandíbula não pertenciam ao mesmo individuo, nem sequer á mesma espécie. O Crânio pertencia a um Homem moderno com apenas alguns milhares de anos (50.000 em vez dos anunciados 500.000) e a mandíbula a um orangotango jovem. Os dentes foram desgastados artificialmente para imitar o padrão de um hominideo. O crânio e respeciva mandíbula haviam sido embebidos numa solução para imitar a cor local dos sedimentos, cor tipo tijolo. A fauna foi também um embuste, visto que também foi encomendada no mesmo sitio onde os ossos foram (ao que tudo indica, no norte de África), e toda ela também tingida. Mas foram as medições do teor de flúor que melhor denunciaram. As quantidades encontradas não era nem de longe, nem de perto as necessárias para a datação indicada por Charles Dawson. Quanto mais antigo um fóssil, maior teor de flúor terá . O mesmo método revelou que nem a mesma idade tinham. E foi assim que durante 4 décadas a maior fraude de sempre resistiu, mas a verdade vem sempre ao de cima e assim foi.

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