quarta-feira, 7 de abril de 2010

As crianças na pré-história- Uma luz sobre a Infância da Humanidade

Fig.1 Reconstrução do rosto da menina de Dikika.



Boa Noite a todos!

Antes de continuar a falar dos restantes Australopithecus, dou aqui a conhecer as crianças fossilizadas que foram encontradas. A primeira de que vou falar é a Menina de Dikika.


A menina de Dikika- A menina mais antiga do Mundo


Trata-se de uma bébé de 3 anos, com cerca de 3,3 milhões de anos, da espécie Australopithecus afarensis e foi encontrada na região de Dikika, Etiópia. Esta região situa-se na margem do rio Awash, em frente de Hadar, o sítio arqueológico da região do vale do Rift.
Presa no arenito, os seus restos repousaram no sítio onde morreu, durante 3 milhões de anos, até que Zeresenay Alemseged, paleoantropólogo etíope a retirou cuidadosamente da rocha. Este é o bébé mais completo da antiguidade e o mais antigo. É também um dos melhores fosséis da sua espécie, pois ao contrario de Lucy, esta bébé possui os dedos da mão, um pé e o tronco completo. "A diferença mais impressionante é o facto de este bébé ter rosto", disse Zeresenay (fig.1). Esta foi uma descoberta extremamente importante, pois vem lançar uma luz sobre a forma como esta espécie viveu e cresceu. Esta bébé morreu durante a fase de amamentação e experienciou uma curta existência.
Através da observação do esqueleto conclui-se que o formato dos ombros assemelha-se ao de um gorila jovem, mas o ângulo que o fémur forma entre o joelho e a bacia é parecido com o de um humano moderno, sugerindo uma postura bípede eficiente. Tem uma testa suave, caninos curtos e o seu esqueleto não é maior que um macaco. Estes hominídeos teriam vivido e prosperado na galeria ripícola que flanqueava o antigo curso do rio Awash.
A menina foi descoberta no dia 10 de Dezembro de 2000 e em 2006 ainda não se tinha conseguido extrair todo o esqueleto da rocha dura. A recompensa? promenores raramente observados num fossil de australopiteco, entre os quais um conjunto de dentes de leite e a dentição defenitiva inclusa. Outra das conclusões é de que a menina seria parecida connosco da cintura para baixo e ainda tinha um dedo enrrolado, como se estivesse a agarrar algo. Descobriu-se ainda um raro exemplar de um osso hióide, osso mais tarde crucial para a fala humana. Esta descoberta permitiu vislumbrar-se uma fase antiga do aparelho vocal humano. Os joelhos são iguais aos dos humanos e a sua rótula é do tamanho de uma ervilha. A parte superior do corpo, apresenta várias características simiescas: cérebro pequeno, nariz achatado, e rosto longo, projectado para a frente. Fosse como fosse a menina de Dikika não era um macaco, que já tinham divergido dos seus antepassados há cerca de 4 milhões de anos antes. A biografia desta bébé é pequena mas o que ela representa em termos evolutivos é concerteza gigantesco.






2 comentários:

  1. Olá :)
    Concordo de todo ctg, foi uma descoberta muitíssimo importante no que toca ao estudo da evolução do Homem. E sabendo como as condições ideais de fossilização são tão dificeis de existir, foi uma sorte esse esqueleto ter chegado aos dias de hoje. A menina de Dikika é, certamente, mais um pouco de luz sobre a nossa história evolutiva :)

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